quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Conceitos básicos de células-tronco III


Células-tronco
8- Conclusão
Drª Mayana Zatz nos revela em um artigo que ”constitui um mistério para os cientistas a ordem ou comando que determina no embrião humano que uma célula-tronco pluripotente se diferencie em determinado tecido específico, como fígado, osso, sangue etc.” Segundo ela explica, ”... em laboratório, existem substâncias ou fatores de diferenciação que quando são colocadas em culturas de células-tronco in vitro, determinam que elas se diferenciem no tecido esperado”. Ela então conclui acrescentando que “um estudo está sendo desenvolvido pela USP para averiguar o resultado do contato de uma célula-tronco com um tecido diferenciado, cujo objetivo é observar se a célula-tronco irá transformar-se no mesmo tecido com que está tendo contato. As células-tronco da pesquisa foram retiradas de cordão umbilical.” 
Segundo Dr Marco Chieia também nos explica na Comunidade ELA Brasil, "a eficácia das células embrionárias com relação a DNM/ELA não existe, não temos se quer um trabalho bem desenhado com um numero pequeno de pacientes em andamento que provou algum benefício. O que temos de relato em congressos e de alguns pesquisadores da área e que as células embrionárias por serem primitivas demais tem um potencial de diferenciação imenso e perigoso, podendo se transformar em qualquer coisa, inclusive em melanoma de pele, tumor cerebral, etc., motivo de abandono de algumas pesquisas ainda em laboratório no EUA.” Ele esclarece ainda que, “com relação as células autólogas já temos algumas respostas. Estas se diferenciam em neurônio motor, o tempo de sobrevivência deste neurônio ainda é impreciso, mais grupo de pacientes que receberam injeções a nível da coluna cervical, de 10/6 reduziram a sua evolução no período de acompanhamento de 1 ano. Posteriormente os dados precisam ser mais estudados(trabalho italiano). Outros centros mais recentemente tem estudado maneiras mais produtivas do neurônio sobreviver, falta sabermos como viabilizarmos o fator de crescimento junto com cels tronco, além disto, a nanotecnologia tem sido utilizada como vector destas substâncias.”
Dr Marco Chieia conclui nos fazendo o seguinte alerta: “os centros que atualmente fazem os transplantes destas céls não aplicam estas tecnologias e a chance de resultado positivo torna-se menor."
Entretanto, em outro artigo, a Drª Mayana nos fala que “uma das grandes limitações das células-tronco adultas é a sua incapacidade de formar neurônios. Elas conseguem se diferenciar em células musculares, adiposas, ósseas, cartilagens e até células nervosas com aspecto de neurônios mas que infelizmente não são funcionais. Não transmitem o impulso elétrico.” Ela cita no mesmo artigo que “...um grupo de pesquisadores, liderados pelo Dr. Marius Wernig, conseguiram isso, pela primeira vez, em camundongos: transformar fibroblastos em células nervosas capazes de transmitir impulsos elétricos.”
Drª Mayana conclui o artigo afirmando que “... se esse procedimento for confirmado por outros grupos será mais um passo para facilitar a compreensão e futuro tratamento de muitas doenças neurológicas e neuromusculares ou patologias que dependem da regeneração de neurônios. Vale a pena investir nessa tecnologia.”

Fonte: Todos por ela; Comunidade ELA Brasil; Revista Veja/Genética

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