Por Antonio Jorge de Melo
Ontem (30/11), conforme ocorre anualmente no Rio de Janeiro, o Instituto de Neurologia Deolindo Couto realizou mais um evento alusivo ao DIA ESTADUAL DA DOENÇA DE CHARCOT, nome como tambem é conhecida a doença ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA.
Jean-Martin Charcot nasceu em Paris no dia 29 de novembro de 1825, foi um um médico e cientista francês. Por isso esta data foi sancionada na
ALERJ por iniciativa da equipe do INDC e da associação de pacientes GAPE-ELA,
por força de Projeto de Lei.
Também coube a Charcot a descrição de Paralisia Bulbar
Progressiva (PBP) e de Esclerose Lateral Primária (ELP), mas ele considerava estas duas entidades separadas
da Esclerose Lateral Amiotrófica. Entretanto, outros médicos, também famosos,
como Leyden e Gowers, insistiam que estas afecções não eram distintas uma das
outras.
A boa noticia é que em
2006 o cientista japonês Shinaya Yamanaka, de 50 anos, descobriu como as células maduras intactas em ratos podiam ser reprogramadas para se transformar
em células-tronco imaturas. Surpreendentemente, ao introduzir apenas alguns
genes, ele conseguiu reprogramar células maduras para que estas se
transformassem em células-tronco pluripotentes (IPS), ou seja, células imaturas
que conseguiram se transformar em todos os tipos de células do corpo. Essa
incrível descoberta lhe valeu em outubro de 2012 o Prêmio Nobel de Medicina.
"Essas descobertas revolucionárias mudaram complemente
a maneira como vemos o desenvolvimento e especialização celulares.
Compreendemos agora que as células maduras não têm de estar confinadas para
sempre ao seu estado especializado. Livros foram reescritos e novas áreas de
pesquisas foram estabelecidas. Ao reprogramar as células humanas, os cientistas
criaram novas oportunidades para estudar doenças e desenvolver métodos de
diagnóstico e tratamento".
Durante o evento, a Neurocientista Profª Fernanda
Gubert, PhD, enfatizou a importância dos modelos animais de ratos induzidos a
desenvolver ELA Familiar (modelos pré-clinicos) criados em laboratório para a
finalidade de pesquisa e busca por novos alvos terapêuticos para a ELA.
O Instituto de pesquisa Osvaldo Cruz foi representado pela
Geneticista Drª Tatiane Cozendey, PhD, que apresentou ao público presente dados
parciais de uma pesquisa genética em pacientes com ELA Familiar que ela
desenvolve em parceria com o INDC. Citou questões relacionadas aos genes SOD1,
VAPB e C9, entre outras coisas.
A Neurocientista Profª Dra Rosália Otero, PhD, falou de
forma bastante prática e didática sobre o potencial das células IPS, e da
mudança radical que as células IPS proporcionaram nas pesquisas envolvendo
neurônios, desde a sua fisiopatologia, até as pesquisas em busca de novos alvos
terapêuticos para o tratamento da ELA.
Naquela oportunidade, ao final do evento, os pacientes ali presentes foram convidados a doarem 4 ml de sangue para uma nova pesquisa que o INSTITUTO DE BIOFÍSICA da UFRJ, Instituto de pesquisa Osvaldo Cruz e o INDC estão iniciando denominada “CÉLULAS IPS COM MODELAGEM PARA ELA”.
Naquela oportunidade, ao final do evento, os pacientes ali presentes foram convidados a doarem 4 ml de sangue para uma nova pesquisa que o INSTITUTO DE BIOFÍSICA da UFRJ, Instituto de pesquisa Osvaldo Cruz e o INDC estão iniciando denominada “CÉLULAS IPS COM MODELAGEM PARA ELA”.
Para maiores informações:
Projeto: CÉLULAS IPS COM MODELAGEM PARA ELA
INSTITUTO DE BIOFÍSICA/UFRJ
Drª Fernanda Gubert - fegubert@hotmail.com
Drª Fernanda Gubert - fegubert@hotmail.com
Dr Pablo Domizi - pablodlepla@hotmail.com
INDC
Drª Marli Pernes - marli_pernes@yahoo.com.br