quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Cientistas transformam um tipo de neurônio em outro no cérebro

23/01/2013

Redação do Diário da Saúde

Cérebro em mutação: um tipo de neurônio é transformado em outro
A Dra. Paola Arlotta está entusiasmada com as transformações de um tipo de neurônio em outro, o que poderá ser crucial no tratamento futuro de doenças neurodegenerativas.[Imagem: BD Colen/Harvard University]

Cérebro em mutação

Biólogos da Universidade de Harvard (EUA) fizeram uma descoberta que está virando de ponta-cabeça as pesquisas com células-tronco e neurobiologia. Paola Arlotta e Caroline Rouaux conseguiram transformar um tipo de neurônio já diferenciado em outro tipo de neurônio cerebral.
As pesquisadoras pegaram neurônios do corpo caloso, que unem os dois hemisférios do cérebro, e os transformaram em neurônios motores corticoespinhais, um tipo de neurônio mais conhecido por ser destruído pela esclerose lateral amiotrófica, ou doença de Lou Gehrig.
"Isso nos diz que talvez o cérebro não seja tão imutável como nós sempre pensamos porque, pelo menos durante uma janela temporal no início do seu desenvolvimento, pode-se reprogramar a identidade de uma classe neuronal em outra," disse Arlotta.
Conversão em cérebro vivo
O que torna a descoberta ainda mais significativa é que o trabalho foi feito nos cérebros de cobaias vivas, e não em culturas de células em tubos de ensaio.
Para transformar um tipo de neurônio em outro, as pesquisadoras usaram um fator de transcrição chamado Fezf2, que desempenha um papel central no desenvolvimento dos neurônios corticoespinhais no embrião.
Ainda não é possível afirmar que a reprogramação neuronal será possível em humanos, sobretudo em adultos, já que os experimentos foram feitos em camundongos jovens.
Mas, se for possível, isso terá enormes implicações para o tratamento de doenças neurodegenerativas.
Reposição de neurônios
"As doenças neurodegenerativas normalmente afetam uma população específica de neurônios, deixando muitos outros intocados. Por exemplo, na esclerose lateral amiotrófica, são os neurônios motores corticoespinhais no cérebro, e os neurônios motores na medula espinhal, dentre os muitos neurônios do sistema nervoso, que morrem seletivamente," explicou Arlotta.
"Mas que tal se pudermos pegar os neurônios que são poupados em uma determinada doença e transformá-los diretamente nos neurônios que morrem? Na esclerose lateral amiotrófica, se você puder gerar apenas uma pequena porcentagem de neurônios motores corticoespinhais, provavelmente seria suficiente para recuperar o funcionamento básico [do corpo]", concluiu ela.
A pesquisa foi publicada na revista Nature Cell Biology.

FONTE: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=cerebro-mutacao-tipo-neuronio-transformado-outro&id=8512#.UQEpZ9ckKNt.facebook

sábado, 19 de janeiro de 2013

Células-tronco adultas: quando a esperança se torna realidade

Por Antonio Jorge de Melo



A Rede Globo exibiu 2 reportagens especiais sobre pesquisas com células-tronco nessa semana. Isso me fez voltar ao ano de 2009, quando tive meu diagnóstico de ELA 8 confirmado. Naqueles dias, o que se publicava de artigos de ct especificamente em  ELA eram apenas estudos pre-clinicos, ou seja, estudos em modelos animais com ct embrionárias. Naquela época já havia as ofertas de tratamento na Alemanha e na China, mas aí é que precisamos ter discernimento. Uma coisa são estudos clinicos, protocolos e trials feitos por Centros de Pesquisas, Hospitais  e Universidades (ex: ALS Empory Center Atlanta University/Neuralstem; Hadassah Medical Center/Brianstorm, etc), onde existe uma regra básica seguida a risca: estudos clínicos não podem e não devem ser cobrados em nenhuma hipótese. Outra coisa são tratamentos não comprovados cientificamente oferecidos por algumas clínicas a um custo exorbitante, porem sem qualquer garantia de eficácia, e mais, com risco a segurança do paciente.
Assim, feita essa ressalva, sabemos que  se o Brasil participar de algum trial com ct adultas em ELA, com certeza a mesmo não será cobrada do paciente, até que a segurança e a eficácia do tratamento sejam aprovados pelos órgãos competentes, e aí sim, o tratamento poderá estar comercialmente disponivel a toda comunidade.

 Dep Mara Gabrilli, durante o 7ºCBCT
Em função disso, estamos nos empenhando e buscando um entendimento com a Dep Fed Mara Gabrilli, que coordena a ong Instituto Mara Gabrilli, que tem como missão básica fomentar as pesquisas com ct no Brasil. Inclusive teremos em breve uma reunião com ela para darmos continuidade a essa discussão, ou seja, o que nós pacientes, familiares e cuidadores podemos fazer   para que estudos experimentais com ct adultas em ELA comecem a ser realizados no Brasil.
É importante dizer que se não nos unirmos e não nos mobilizarmos, o governo e os órgãos gestores da saude não nos dará isso de mão beijada. Precisamos agir a partir de ações planejadas e tangiveis para que possamos ver os estudos experimentais com ct adultas acontecendo no Brasil. E isso implica em estarmos alinhados com alguns parlamentares que apoiam a nossa causa, pesquisadores, associações representativas de pacientes, e os órgãos públicos  competentes.
Em relação a fazer o procedimento fora do Brasil, é fato que a China, desde que a Neuralstem fez uma parceria com aquele governo no ano passado, está acelerando a realização de novos trials naquele país, pois a Neuralsten sabe que na China os trâmites de aprovação do tratamento com ct neurais adultas serão bem + rápidos do que seria hoje nos EUA.
É fato  que nos últimos 3 anos  surgiram as primeiras pesquisas clínicas (pesquisas feitas em humanos)  com células-tronco adultas em ELA. Imagino o que virá nos próximos 3 anos, com certeza muitas novidades para nós pacientes de ELA, ainda que não seja a cura definitiva, o que com certeza só será possivel com as pesquisas  com ct embrionárias, que ainda encontram-se na fase pre-clinica, mas ao menos uma remissão nos sintomas e uma estagnação no processo de evolução da doença.
Pra quem não tinha nada pra comemorar, até que a coisa não está tão mau assim.

   

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Novo estudo mostra que transplante de células-tronco não causa rejeição

Estudo contradiz pesquisa publicada no ano passado e abre caminho para novas terapias regenerativas.

Maria Fernanda Ziegler- iG São Paulo |
 



                                                       Getty Images
                 Células pluripotentes podem se converter em qualquer tipo de célula
Pesquisadores japoneses conseguiram transplantar em camundongos células derivadas de células-tronco adultas pluripotentes induzidas sem a ocorrência de rejeição. A descoberta abre caminho para uma série de novos tratamentos, visto que as células-tronco pluripotentes são derivadas do próprio indivíduo e são capazes de se converter em qualquer outro tipo de célula do corpo. Outra vantagem é que ela descarta a necessidade do uso de células derivadas de embriões.
O estudo do Instituto Nacional de Ciências Radiológicas do Japão contradiz pesquisa da Universidade da Califórnia publicada no ano passado que concluiu que células pluripotentes reprogramadas foram rejeitadas pelo sistema imune dos roedores.
Masumi Abe, que liderou o estudo publicado no periódico científico Nature desta semana, afirmou ao iG que os resultados diferem do anterior pois os testes foram feitos mais vezes: “Nenhum dos nossos dados mostraram diferença significativa entre as células pluripotentes e as células-tronco embrionárias transplantadas”, afirmou estudo.

Leia mais notícias sobre pesquisas com reprogramação de célula:
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“Nossa conclusão é que as células derivadas de células pluripotentes não são rejeitadas intrinsecamente. Porém vale destacar que o nosso estudo é muito básico, mas ele encoraja outras atividades essenciais para a aplicação médica das células pluripotentes”, disse Masumi.
A reprogramação de células é um assunto tão importante e com tantas aplicações que neste ano, dois pesquisadores que estudaram o tema foram vencedores do último Nobel de Medicina. A importância do avanço destes estudos está na criação de tecidos substitutos para o tratamento de doenças como o Parkinson, para o estudo da origem das doenças em laboratório, sem necessitar usar células-tronco embrionárias.
Masumi acredita que em um ou dois anos os testes devem começar em humanos em transplantes de células na retina, no Centro de Pesquisa Riken, no Japão, para restaurar as funções perdidas.
 
 

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Neuralstem recebe aprovação do FDA para estudo com células-tronco neurais adultas em lesão medular crônica


Rockville, Maryland, 14 de janeiro de 2013 – A Neuralstem Inc. anunciou que recebeu a aprovação do  Food and Drug Administration (FDA) para iniciar um estudo Fase I para avaliar a  segurança    de suas  células-tronco neurais adultas ( NSI-566) em pacientes com lesão medular crônica. Este estudo  irá avaliar  oito pacientes com lesões na medula espinhal torácica, segundo os critérios definidos pela  American Spinal Injury Association (AIS) , e serão elegiveis para o estudos pacientes que adquiriram a  deficiência entre um e dois anos após a ocorrência da lesão.
O objetivo primário do estudo é determinar a segurança e a  toxicidade do transplante de células-tronco vertebrais humanas para o tratamento da paralisia e sintomas a ela  relacionados devido a lesão da medula espinhal crónica. O objetivo secundários deste estudo é  avaliar a sobrevivência do enxerto no local do transplante por ressonância magnética, assim como a eficácia da imunossupressão transiente. Além disso, o estudo vai avaliar alguns parâmatros  exploratórios  em relação ao  transplante de células-tronco da medula espinhal.
Todos os pacientes do estudo receberão seis injeções nolocal da lesão. Os primeiros quatro pacientes receberão 100.000 células por injecção, os segundos quatro pacientes receberão 200.000 células por injecção. Todos os pacientes receberão também  sessões de fisioterapia  no período pós-cirurgia, assim como a terapia imunossupressora, o que será de três meses, conforme tolerado. O período do estudo será de seis meses a partir da cirurgia para cada paciente. Segundo informa ainda o boletim da Neuralstem, "a empresa está satisfeita e animada para começar este estudo aguardado para tratar pacientes com lesão medular com nossas células da medula espinhal, NSI-566", disse Karl Johe, Ph.D,  Presidente do Conselho e Diretor Científico da Neuralstem .
O Boletim informa ainda que  este será o primeiro  estudo com células-tronco que irá a tratar  pacientes com lesão medular crónica, e o  Dr. Johe afirma que "além dos dados pré-clínicos com animais, realizamos 18 cirurgias de sucesso usando as mesmas células e dispositivo cirúrgico em nosso ensaio clínico na ELA” Esse estudo demonstrou que a via cirúrgica de administração e as células são seguras e bem toleradas. O sucesso de nossa experiência clínica em  humanos, combinada com os dados convincentes dos estudos  pré-clínicos em  animais com lesão da medula espinhal nos dá a confiança de que estamos preparados para avançar para esta indicação adicional para NSI-566. "

"Este é outro marco importante para a empresa", disse Richard Garr, Presidente e CEO da Neuralstem. "Acreditamos que a aprovação do FDA de um estudo para uma segunda indicação para nossas células-tronco  demonstra um crescente nível de conforto no FDA com a nossa tecnologia e  o reconhecimento dos avanços positivos que estão sendo feitos na pesquisa da ELA.  A aprovação deste estudo  também é uma demonstração da nossa estratégia de desenvolvimento de produtos.” 
 
O Boletim conclui afirmando que a Neuralstem logo começará tambem um estudo que irá  utilizar as células-tronco NSI-566 para o tratamento de paralisia causada por  acidente vascular cerebral no próximo mes na China, e que a Neuralstem  está se  preparando para um ensaio com as mesmas células-tronco  para o tratamento de pacientes acometidos   de lesão medular aguda  na Coréia. Atualmente a Neuralstem tambem encontra-se  em discussão com o FDA sobre o ensaio de Fase II para o tratamento da ELA com as células-tronco NSI-566.
 
Tradutor Google livre e resumo adaptado do texto original.
Imagem meramente ilustrativa


quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

BrainStorm acelera ensaio clínico com CT adultas em ELA para a Fase IIa


NOVA YORK e Petach Ticvá, Israel-7 janeiro de 2013 – A Cia BrainStorm Therapeutics,  desenvolvedora  e líder de tecnologias de células-tronco adultas para doenças neurodegenerativas, anunciou hoje que o Ministério israelense da Saúde tem acelerado, pelo seu Fase atual I / II do ensaio segurança em ELA  para um ensaio de Fase Iia em  dose-escalada, a fim de  acelerar o programa da empresa de desenvolvimento clínico e poupando tempo valioso. O estudo,  que irá avaliar a eficácia e a  segurança das  células-tronco NurOwn em  candidatos  a terapia celular, será lançado imediatamente no Centro Médico Hadassah, em Jerusalém.

O Ministério da Saúde aprovou a aceleração de  um estudo  de Fase IIa com base na avaliação de apenas 12 do grupo inicial de 24 pacientes na companhia do ensaio de Fase I / II no Hadassah. No ensaio de Fase II, o segundo grupo de 12 pacientes receberão a administração combinada intramuscular e intratecal de células NurOwn em três grupos, com doses crescentes.
Os participantes do estudo, que já foram recrutados, serão  seguidos por três a seis meses após o transplante.

"A aceleração de Fase IIa nos salvará em um momento crítico, o que nos permitirá  avançar muito mais rapidamente com a realização de nosso objetivo de desenvolver um tratamento eficaz para ELA," comentou o Dr. Adrian Harel,  CEO da  BrainStorm.


O Professor Dimitrios Karussis (aquele que esteve no Brasil durante o 7ºCBCT), principal investigador no Hadassah e   da Fase I / II da pesquisa na BrainStorm, comentou: "Com base nos resultados positivos que vimos durante os primeiros 12 pacientes, estamos ansiosos para iniciar a próxima fase de testes clínicos, e estamos muito satisfeitos que a Ministério da Saúde nos deu a luz verde para avançar para a Fase II. "

 


Tradutor Google livre, com adaptações ao texto original.

Imagem meramente ilustrativa

domingo, 6 de janeiro de 2013

Neuralstem anuncia continuidade de suas pesquisas com células-tronco neurais adultas em 2013




A Neuralstem, Inc  anunciou em seu  boletim publicado no último dia 04/01  que o seu  presidente e CEO Richard Garr vai apresentar na 5ª Mostra Anual de Bioteconologia  em San Francisco (EUA) na proxima  terça-feira,dia  8 de janeiro as  15:45 uma visão geral de negócios, incluindo um primeiro olhar para o ensaio de Fase I / II terapia celular Stroke/NSI-566 prevista para começar em Pequim (China – público-alvo:pacientes sequelados de AVC) ), dentro de algumas semanas. Garr também irá fornecer uma atualização sobre a pesquisa com células-tronco  adultas em ELA  da empresa e os planos para a Fase II. Investigadores do estudo anunciaram  recentemente uma doação substancial para a Fase II do ensaio em ELA da  Neuralstem feita pelo National Institutes of Health (NIH).
 Garr também vai atualizar o progresso da  pesquisa  NSI-189, um estudo de segurança de Fase Ib para  avaliar uma droga com propriedades neurogênicas para o tratamento do transtorno depressivo maior (TDM). Indicações adicionais podem incluir encefalopatia traumática crônica (CTE), doença de Alzheimer, e transtorno  pós-traumático (TEPT).


Fonte: Neuralstem President and CEO to Present 2013 Trials Overview at 2013 Biotech Showcase - ROCKVILLE, Md., Jan. 4, 2013 /PRNewswire/ -- Neuralstem, Inc. (NYSE MKT: CUR)
Texto adaptado a partir da fonte original através do Tradutor Google livre
Imagem meramente ilustrativa